Desde a safra 2020/21, o agro brasileiro vem sofrendo queda de produtividade nas lavouras de feijão, como bem mostra a Série Histórica da Conab. Para o atual ciclo, as regiões Sul e Sudeste, duas grandes responsáveis pela produção do grão, têm previsão de resultados negativos significativos. Apesar disso, Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram performances superiores, de maneira que a média total da safra 2021/22 de feijão está estimada em +11,4% de produtividade. O foco é melhorar os resultados no próximo ciclo, com estratégias eficientes de manejo de doenças no feijão.
A avaliação é de que as condições climáticas adversas ocasionadas pelo fenômeno La Niña prejudicaram os cultivos, especialmente no Paraná, onde ocorreu quebra de safra. Segundo especialistas, o clima tende a ficar mais estável ao longo do segundo semestre de 2022 e no começo de 2023, com um La Niña mais ameno. Todavia, essas mudanças climáticas interferem no comportamento dos patógenos que ameaçam a cultura do feijão, dificultando o manejo.
Com o objetivo de encontrar alternativas para aumentar a produtividade do feijão, uma pesquisa de campo realizada pela Agro Brasinha, no Paraná, demonstrou que o manejo de doenças feito por meio de soluções eficientes é um caminho para proporcionar mais produtividade, qualidade e lucratividade aos produtores de feijão.
Por que o Brasil precisa de mais produtividade nas lavouras de feijão?
O ano de 2022 iniciou com um alerta para o mercado de feijão: o baixo estoque inicial e a baixa qualidade dos grãos colhidos durante os períodos chuvosos comprometem o abastecimento interno. Dados da Conab indicam que a margem entre produção e demanda esteve muito apertada até o mês de maio, com uma disponibilidade total de 3.328,3 mil toneladas, entre estoque inicial, produção e importação, frente a uma estimativa de consumo de 3.050 mil toneladas, considerando os mercados interno e externo.
Esse cenário levou a uma elevação no valor do grão, com produtores tendo que administrar suas reservas cautelosamente, e compradores economizando nos pedidos. A entrada da segunda safra no mercado amenizou a situação no início de julho, cuja produtividade já atinge 1.040 kg/ha, na soma das variedades de feijão-comum, feijão-preto e feijão caupi. As expectativas para a terceira safra são de produtividade ainda maior, dando algum fôlego ao mercado de feijão, com estoque suficiente para abastecimento interno entre agosto e outubro.
Nos últimos meses deste ano, os resultados da primeira safra 2022/23, conhecida como safra das águas, serão determinantes para a rentabilidade do produtor e a qualidade nutricional dos brasileiros, que têm optado ainda mais pelo feijão como base da refeição diária, frente aos altos preços praticados na carne e o crescimento da tendência vegan, que vem aumentando a demanda de grãos.
O plantio de feijão da safra das águas é a operação que definirá a possibilidade de folga nos estoques no início do próximo ano. Tudo indica melhoria nos preços e na qualidade do feijão que chegará à mesa, não só dos brasileiros, como também de outras populações que consomem o produto ao redor do mundo. Isso porque se espera um clima mais estável, de maneira que o produtor possa planejar um manejo integrado mais assertivo desde o plantio.
A atenção redobrada ao controle de doenças nas lavouras de feijão ganha importância entre os agricultores a fim de obter uma produtividade nacional mais elevada na primeira safra 2022/23 e estabilizar o mercado desse grão proeminente no agro nacional por sua importância para a segurança alimentar.
Resultados da pesquisa de campo sobre as doenças do feijão
Para elevar a produção na safra 2022/23 de feijão, produtores precisarão controlar as doenças que acometem a cultura de maneira precisa e assertiva, com estratégias completas e investimentos certeiros que não elevem os custos de produção. Assim, o manejo integrado deve contar com defensivos eficientes, que potencializem o potencial produtivo da cultura.
Uma pesquisa de campo mostra resultados positivos a partir do uso de um fungicida pronto para combater as principais doenças do feijão. Foram separadas três diferentes áreas, todas com a mesma cultivar, espaçamento entre linhas de 45 cm, população entre 9 e 10 plantas, mesma adubação de base e de cobertura, assim como aplicações iguais para controle de daninhas.
A semeadura foi realizada em 21/11/2021, em sistema de plantio direto, com sementes tratadas com Cruiser® Advanced, o TS da Syngenta que controla fungos e insetos em uma só solução, para o melhor estabelecimento inicial dos estandes. As condições de manejo e ambiente eram semelhantes, alterando apenas o produto aplicado contra doenças.
A pesquisa foi feita no Estado do Paraná, um dos grandes produtores nacionais de feijão, de maneira a demonstrar a performance dos produtos em uma região que faz a diferença na média de produtividade brasileira. O estudo utilizou aplicação mecânica, com Jacto 600 e modelo de ponta de pulverização XR 11002 anti-deriva.
O principal alvo era a antracnose, e o método contou com monitoramento e avaliação de porcentagem dos seguintes aspectos:
- severidade da doença nas diferentes áreas;
- porcentagem de área verde;
- porcentagem de desfolha;
- porcentagem de fitotoxicidade causada pelos produtos aplicados;
- resultado de produtividade, em sacas por hectare, após a colheita manual.
Dessa forma, os especialistas puderam analisar a diferença na eficiência dos fungicidas, a fim de oferecer ao produtor dados precisos que ajudem na tomada de decisão sobre o controle de doenças no feijão.
Performance de Bravonil® Top no controle de doenças
Para a pesquisa de campo, realizada pela Agro Brasinha, foram comparadas duas formulações fungicidas destinadas ao manejo do feijão:
- Bravonil® Top: clorotalonil (500) + difenoconazole (50) – SC; aplicação de 1,5 L/ha, sem o uso de adjuvantes, conforme indicado pelo fabricante.
- Concorrente: trifloxistrobina (150) + protioconazol (175) – SC; aplicação de 0,5 L/ha, associado ao adjuvante recomendado pelo fabricante.
As soluções foram aplicadas em duas diferentes áreas, em três épocas de aplicação distintas e estratégicas para manter a população de patógenos abaixo do nível de risco. A terceira área não recebeu nenhuma aplicação fungicida, sendo manejada apenas com as estratégias comuns às três lavouras da pesquisa, tornando-se, assim, a referência base para análise da performance das duas formulações estudadas.
Os resultados alcançados demonstraram a superioridade de performance de Bravonil® Top em todas as modalidades de análise:
- Picos de severidade de antracnose (monitoramento foliar): Testemunha: 8,4% > Concorrente: 5,6% > Bravonil® Top: 5,4%.
- Área foliar verde (monitoramento foliar na última aplicação): Bravonil® Top: 72% > Concorrente: 60% > Testemunha: 6,7%.
- Desfolha (monitoramento foliar com testemunha em nível crítico): Testemunha: 80% > Concorrente: 62% > Bravonil® Top: 43%.
- Fitotoxicidade: Concorrente: 12% na primeira aplicação; 24% na segunda aplicação; e 14% na terceira aplicação > Bravonil® Top: 0% na primeira aplicação; 6% na segunda aplicação; e 3% na terceira aplicação.
Registro dos resultados de nível de fitotoxicidade a partir do estudo, para as três áreas monitoradas na última aplicação. Fonte: Agro Brasinha.
O estudo demonstrou que Bravonil® Top não apenas controla as doenças com mais eficiência, mas também contribui para um melhor desenvolvimento das plantas de feijão, protegendo as folhas sem causar danos por fitotoxicidade. Vale ainda ressaltar que, na segunda aplicação, a fitotoxicidade na área tratada com o produto Concorrente ficou acima do nível aceitável para o cultivo de feijão.
Os resultados foram vistos na colheita, quando a área manejada com Bravonil® Top rendeu 44,2 scs/ha, a com Concorrente rendeu 34 scs/ha e a Testemunha, 21,9 scs/ha.
Confira no infográfico abaixo a performance dos tratamentos ao longo do ciclo produtivo do feijão, no que diz respeito ao controle de antracnose:
Além disso, Bravonil® Top também demonstrou excelência quanto à qualidade dos grãos, diminuindo de maneira significativa a incidência de doenças nas vagens do feijoeiro.
Vagens comprometidas pela incidência de antracnose. Fonte: Mais Agro, 2021.
Bravonil® Top: fungicida pode fazer a diferença na safra 2022/23
A pesquisa aqui descrita mostra uma alternativa potente para o controle de doenças do feijão. Bravonil® Top tem potencial para ser um aliado do produtor que quer alcançar maiores produtividades em sua lavoura nas safras 2022/23, de maneira a contribuir para a competitividade do feijão brasileiro no mercado internacional, assim como atender à demanda interna mantendo os estoques preparados.
A formulação desse produto de alta performance é composta pelos ingredientes ativos difenoconazole e clorotalonil. Uma combinação inteligente de um triazol, especialista no controle de doenças e de ação sistêmica, preventiva e curativa, e o multissítio que tem o maior espectro de ação do mercado e apresenta performance superior e seletividade no manejo do complexo de doenças da cultura.
Em resumo, é um fungicida com ação protetora e sistêmica, fortalecendo a planta e controlando as doenças da parte aérea por meio de pulverizações preventivas. Entre os benefícios que Bravonil® Top oferece ao produtor, estão:
- Conveniência: combinação inteligente, pronta para aplicação.
- Seletividade: age sem causar fitotoxicidade.
- Amplo espectro: alta eficiência no controle de doenças do feijão.
- Flexibilidade: posicionado em todos os estágios da cultura.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.
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